- Já repararam que os bebés abandonados aparecem sempre bem alimentados?
Ainda nenhum dos presentes tinha reparado. Havia muitas coisas em que só ele reparava: que os cães nunca são atropelados nas passadeiras, que os estacionamentos para deficientes estão sempre vazios, que as tradutoras de linguagem gestual da televisão nunca se enganam, que nas festas dos jardins-escola há sempre mais bebida do que comida…
Um dia, um amigo de longa data atirou, sem mais:
- Já repararam que quando se fala de um homem há sempre outro presente que andou com ele na tropa?
Estremeceu de surpresa. Ainda não tinha reparado.
Desiludido, deixou de reparar.
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