sexta-feira, 19 de março de 2010

No cinema

Ronrona, o espaço uterino da sala de cinema.
No ecrã, há velas de piratas, jardins mouros num mar de areia, o riso verde da bruxa de Oz, um vilão com barba de fósforo, um beijo tapado pelo ombro, um vapor na despedida…
Na sala escura onde as pessoas vão descansar de si próprias, somem-se todas as coisas diárias. E o silêncio do cinema mudo volta a ser o princípio de tudo.

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