segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Deserto

Tangeras e tâmaras. Nomes de mistérios. Dunas moldadas pelas mãos do vento. A cabeça de um insecto que visita o dia. Plantas magras vigiando turbantes.
Secretamente, debaixo da areia de séculos, esconde-se uma biblioteca comida pelo tempo. O sol escorrega como mel pela cauda do dia. E a noite espreita, vestida de rendas frias.
O deserto é tudo isso e a unidade de muito mais. É um imenso mar de murmúrios, protegido do ódio dos homens.

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