Na fábrica de conservas desactivada, a balança ferrugenta marca o peso da ausência. As baratas continuam a sair desconfiadas. Os caixotes de plástico, empilhados com rigor soviético, conservam as conversas das operárias. O riso gordo da encarregada ecoa ainda nos tubos de ar do tecto húmido.
Naquela fábrica de conservas desactivada, onde o tempo interrompeu o progresso para ter onde ir descansar, o silêncio manda mais do que os ratos.
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