Homem de negócios no ramo do import-export, estava condenado a andar de hotel em hotel, longe dos confortos do lar.
Ao fazer a mala, punha sempre um naperon (bordado pela mãe) junto da roupa interior, por cima do retrato dos filhos.
Chegado ao hotel, a primeira coisa que fazia - antes mesmo de experimentar os canais de televisão - era pôr o retrato dos filhos na mesa-de-cabeceira e o naperon no braço do sofá do quarto.
Depois saía para as reuniões agendadas.
Ao voltar ao quarto no fim do dia, cansado do trabalho e do esforço linguístico, punha então em prática o seu expediente para se sentir em casa. Sentava-se no sofá do quarto, fechava os olhos e, no preciso momento em que acariciava o naperon, era teletransportado para a sala de estar de sua casa.
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