sábado, 9 de outubro de 2010

Quase apátrida

Embora desejasse muito ser apátrida, não conseguia. Tentou renunciar à nacionalidade, mas o pedido de renúncia só era aceite após a adopção de outra nacionalidade. Fugiu para o Ártico, para longe de qualquer pátria. Acampou no cimo de um monte, onde nenhum homem havia posto o pé. Três dias depois, começava finalmente a sentir-se livre da sua nacionalidade.
Até que chegaram os exploradores canadianos, que logo lhe perguntaram pela nacionalidade e pela bandeira que se hasteia à chegada.

1 comentário:

Patinho Feio disse...

Original, sem dúvida!... e bastante pertinente.