Na esquina, o olhar sujo saboreia a figura da rapariga que pára a meio da rua escura para subir a meia de vidro da perna torneada.
O ataque é brusco. À luta abafada segue-se um momento de silêncio. Ao longe, um anémico ganir de cães.
Ao sair do beco cego, a rapariga lança um olhar vago ao empedrado e sacode o casaco de pele de raposa. Parte apressada.
Do corpo-picanha desprendem-se pêlos de raposa com fragrância de “Channel”.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário