O pequeno órfão vivia só com o avô, numa ermida sem luz eléctrica (que prolonga os dias mas encurta os sonhos). Única criança das redondezas, brincava com o anjo mulato e o diabrete convertido que lhe esvoaçavam na cabeça.
À noite procurava, com o instinto de uma cria, o calor do pijama grande do avô.
Nos seus sonhos, a mãe ia esperá-lo à porta do colégio de querubins e o pai jogava com ele à bola até à hora do jantar.
Enquanto puder dormir, aquele órfão com anjos na cabeça terá sempre pai e mãe.
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