Enquanto espera por ela, vai fixando o polícia de giro. Despeito face a respeito. Ar desafiante de quem tem o tempo do seu lado.
Passada a autoridade, tenta apedrejar um ninho e assustar um gato.
Continua a esperar por ela. Está naquele banco do jardim há uma eternidade. Do velho com quem falou já só tem o chapéu farinhento na mão.
Passam carros, pássaros, compras e bicicletas. E passam as horas, sempre iguais.
Não pode esperar mais por ela. O banco do jardim tornou-se demasiado silencioso. Já só lhe ouve um gemido magoado.
Até que ela chega, vagarosa e mansa. O menino da rua abandona-se então nos braços ternos daquela noite de Verão, sua amante e companheira renovada.
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