Viajou até às plantações da longínqua província de Fujian. Vigiou o repouso da planta do chá enquanto os rebentos se carregavam de óleos essenciais. No dia certo, colheu as folhas mais refinadas e dobrou-as com a ancestral técnica do monge Da Fang. Quando a água pura da montanha de Wuyi atingiu os 85 graus, abençoou a infusão com uma prece ritual.
A bebida tinha todo o sabor de um chá raro e efémero: a harmonia aromática, as notas vegetais intensas, a amplitude do bouquet floral…
Mas a verdadeira luxúria, a luxúria que lhe percorreu o corpo todo quando sorveu o primeiro golo daquele chá primeur, essa veio da espera.
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